O que é o Schoolopolitan?
25-11-2015
1 - O que é o «Schoolopolitan»?
«Schoolopolitan The Museum of Art» é o nome de um museu que construímos todos os anos no Colégio Planalto e insere-se numa estratégia mais geral de valorização das artes nesta escola. No plano educativo, é um projecto de investigação proposto e desenvolvido com apoio de professores universitários de várias áreas como a museologia, a psicologia e o ensino artístico. De um modo geral, o programa propõe-se estabelecer uma relação entre a educação artística, o reconhecimento social do aluno e a sua melhoria em vários domínios.
2 – Porque se chama «Schoolopolitan»?
O nome «Schoolopolitan The Museum of Art» vai buscar inspiração a um célebre museu de arte amerciano«Metropolitan The Museum of Art» que constitui uma das marcas mais consagradas e prestigiadas do mundo da arte. Porque a América constitui não apenas palco das grandes vanguardas artísticas do século XX como é ali e noutros países anglo-saxónicos que se têm experimentado e desenvolvido a maior variedade de projectos educativos inovadores ligados à arte e aos museus.
Mas a produção de uma marca semelhante ao famoso museu não se reveste apenas de carácter simbólico. Como poderia um projecto ganhar pretensão a alterar o estatuto social de um aluno e assim legitimar a sua produção sem essa visão de excelência apenas conferida pelos melhores exemplos conhecidos no mundo inteiro? O Metropolitan pertence a uma elite mundial de museus artísticos do qual fazem também parte o Louvre em Paris, o Hermitage em São Petersburgo, «The National Gallery» em Londres, o Museu Nacional de Berlim, etc.
«Schoolopolitan» também por força da herança que recebe do nome original significa ainda cosmopolita, erudito, construtor, descobridor, curioso, optimista, etc, e conjuga bem todo o espírito do projecto que propomos aos alunos candidatos.
3 – Como vai ser construído o «Schoolopolitan»?
O museu é construído, pelo menos numa primeira fase, nos espaços adjacentes à biblioteca, sala dos professores e sala de audiovisuais. Para tal contaremos com a equipa do projeto «Teen Volunteers». Todo o material promocional como o catálogo da exposição, cartazes, sinalética, vídeos promocionais, etc, será produzido pelos alunos do 8º ano de Educação Visual.
4 – O que acrescenta um Museu a outros espaços de exposição que já existam na Escola?
«Os visitantes do museu querem ter o divertimento de ver coisas diferentes e menos usuais, de ser visualmente estimulados e intelectualmente transformados» (John H. Falk,The Museum Experience, p.142).
São muito poucas as escolas que mantém espaços museais organizados. Genericamente têm apenas espaços de exposição ou de afixação de avisos e cartazes. Existem, por outro lado, dificuldades de agendamento, programação, divulgação, que visem e envolvam um público potencialmente interessado.
A experiência museológica é mais vasta e mais rica. Os museus são desenhados e pensados para as audiências muito variadas: visitantes casuais, ou organizados, em grupo ou individualmente, para crianças e adultos, para outros tipos de experiência não só visual mas amplamente sensorial (som, imagem, cheiro, tacto), com carácter lúdico e social mas também instrutivo, que admita visitas rápidas ou demoradas, para diversos tipos de conhecimento, aqueles que visitam pela 1ª vez ou são repetentes, que admitam trocas de experiência com pessoas conhecidas ou outras.
Mas também objectivos de formação pessoal e de cidadania, criação de um acervo, o carácter contínuo da sua acção no meio físico, social e pessoal na Escola.
5 - Que diferenças existem entre os Museus artísticos e o «Schoolopolitan»?
O «Schoolopolitan» não é apenas um museu mas uma experiência museológica. É uma ferramenta que torna mais eficaz e mais útil o ensino artístico, para a progressão pessoal dos alunos e para a consolidação de uma consciência colectiva da arte na escola. Agendamento, programação, alunos artistas, local de aprendizagem e de construção são palavras-chave deste programa. Por forma a compreender melhor o alcance deste projecto enumero agora os seus objectivos principais:
a) A construção física de um museu na escola.
b) Descobrir e consagrar alunos-artistas.
c) Legitimar e valorizar os seus trabalhos.
d) Desenvolver nos alunos uma melhor auto-eficácia no domínio artístico.
e) Perceber a relação entre as competências adquiridas neste domínio e todo o desempenho académico e pessoal do aluno com vista a uma melhoria pessoal global.
f) Conferir aos trabalhos produzidos na escola uma visibilidade e um estatuto expositivo e artístico.
g) Transformar a escola num lugar em construção, esteticamente apetecível e divertido.
h) Enriquecer o espaço escolar com trabalhos artísticos produzidos na escola.
i) Identificar e desenvolver nos alunos talentos - inteligências que os processos de aprendizagem tradicionais em contexto ensino-aprendizagem[p2] não permitem realizar com eficácia.
j) Recolocar a aprendizagem estética (apreciação artística) fora do estrito enquadramento mecânico (destreza executiva).
k) Criar um acervo de trabalhos que constitua uma memória viva do colégio e dos artistas que por cá passaram.
6 - Como sabemos que os alunos se motivam e se transformam por expor no museu?
Empiricamente sabemos que qualquer pessoa que seja objecto de reforço positivo tem tendência a empenhar-se mais e ter uma ideia mais positiva sobre as suas competências. De facto sendo este um trabalho de investigação, não é absolutamente certo que isso aconteça, pelo menos com todos os alunos propostos e neste modelo em concreto. Todavia, as probabilidades são significativas. Existem estudos sobre auto-eficácia (Albert Bandura) que permitem concluir sobre a melhoria dos alunos em situações de reconhecimento social. Esses modelos conhecidos e testados foram estudados e aproveitados neste programa.
ALUNOS COM MOLDURA SCHOOLOPOLITAN (2014-2015)
Afonso Correia | Aureliano Amaral | Francisco Martins | Francisco O’Neill | Javier Santamaria | João Silva | José Pedro Borges | Manuel Correia | Nuno Neves | Simão Silva| António Elias | Diogo Hartley | Luís Portela